segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Distúrbios Alimentares

Obesidade

Obesidade é o acumulo excessivo de tecido adiposo no organismo, ou seja, é o excesso de gordura. Uma forma de identificar se você está com excesso de gordura é usar o IMC – Í Índice de massa corporal – se estiver acima de 30 é considerado obeso.
Calculamos assim: divide-se o peso pela altura ao quadrado. Estando acima de 30 você está obeso.
Exemplo: Digamos que você tem 1,65m de altura e pesa 70Kg. 1,65 x 1,65 = 2,72 70 kg/2,72=25,7
Bulimia
A bulimia é identificada quando a pessoa provoca vomito para se livrar do alimento ingerido.

Características principais da bulimia:

1-     Ingestão de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas comeria em situação similar.
2-     Sentimento de falta de controle sobre o comportamento alimentar.
3-     Comportamento compensatório inadequado e recorrente, com o fim de prevenir o aumento de peso, como indução de vômito, uso indevido de laxantes, diuréticos, jejuns, etc.

Anorexia

Anorexia é identificada quando a pessoa não come. É o famoso jejum eterno.
Tanto a pessoa que tem bulimia como a que tem anorexia tem medo mórbido, ou seja, exagerado, de engordar.
Só consideramos um quadro clinico de bulimia ou anorexia quando este comportamento está ligado ao controle do peso.
A bulimia, que é quando a pessoa provoca vomito, é mais perigoso do que anorexia, porque pode provocar desequilíbrio de sódio e potássio no organismo, podendo até chegar ao ponto da parada cardíaca. De tanto provocar vomito acaba eliminando mais sódio e potássio do que poderia.

Características principais da anorexia:

a-     Recusa a manter o peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo adequado à idade e altura.
b-     Medo intenso de ganhar peso ou engordar
c-      Perturbação no modo de vivenciar o peso
d-     Nas mulheres, ausência de pelo menos três ciclos menstruais
Pode ser, ou não,  do tipo Compulsão periódica/ purgativo, onde há o comportamento de comer compulsivamente e de purgação.
Porque tanta ocorrência de distúrbios relacionados à comida?
Desde que o bebê nasce, o mundo, literalmente, entra pela boca. A comida é a primeira forma de contato com o mundo. A alimentação é o momento no qual o bebê recebe calor, toque e o cheiro da pessoa que o alimenta. É quando a gente aprende a receber e gostar de receber afeto. E assim relacionamos comida com afeto.
A partir daí a comida nunca mais será apenas uma alimento. Ela passa a ser simbólica. A comida representa afeto. Dá pra entender porque tanta gente come por carência afetiva.
É por isso que a comida não pode ser considerada causa do problemas mas sempre um sintoma. Um sintoma muito significativo que revela como a pessoa se relaciona com o mundo e com ela mesmo.

Aspectos psicológicos da Obesidade

Uma pesquisa publicada pela revista “Viver mente e cérebro” diz que 88% das pessoas que fazem cirurgia de redução de estomago engordam novamente. Por quê? Porque não trataram a causa dessa obesidade, que não é a comida é a compulsão por comida. Essa é a causa da obesidade. A causa é psicológica, é comportamental. É por isso que o tratamento deve acompanhado por psicólogos.
Quando você come para aliviar as angustias, a obesidade é só uma parte dos problemas, a outra parte é essa depressão que te leva a comer.
Todo regime emagrece. Todo. A questão sempre será como permanecer magro.
Temos que considerar os aspectos psíquicos. Quando se faz um regime não basta emagrecer só o corpo, tem que emagrecer também a cabeça. Tem que haver trabalho psicológico. É muito bom quando aparece alguém em meu consultório dizendo: “Olha, eu sou obeso. Não sei o que me fez chegar a isso mas gostaria de descobrir, e mais, gostaria de reverter este processo”. Isso demonstra que a pessoa entende qual é o seu problema. Seu problema não é a comida é o “porque” come tanto.
Muitas vezes as pessoas só procuram o tratamento médico porque não querem emagrecer. Eles querem ser “emagrecidos”, ou seja, querem que o outro o emagreça. É como chegar na frente do médico e dizer: “eu não me sinto capaz de fazer algo por mim mesmo. Faça você com que eu emagreça”. E o médico faz isso mesmo, dá remédios, ou regime, ou opera, só não muda a cabeça da pessoa. É a cabeça que faz com que a pessoa engorde, não é o estomago.
Na terapia psicológica a postura é outra. A psicoterapia terapia lhe oferece a oportunidade de pensar diferente: “Você é dono e senhor dos seus atos e sentimento. Se estão descontrolados a gente pode realinhar as coisas de forma que você perceba o papel da comida e, assim aprender a eliminar suas angustias sem precisar comer compulsivamente, sem compensar seu sentimento, comendo feito um louco!”

Aspectos psicológicos da Anorexia

A pessoa anoréxica, que é a pessoa que não come, faz jejum eterno, se fecha nela mesma, nega seu próprio corpo e até sua própria sexualidade.
Lembram dos Santos que jejuavam? A Santa Catarina de Siena e é famosa por jejuar. A diferença é que os santos jejuavam por um ideal coletivo. As anoréxicas jejuam por um ideal individual. É como uma religião particular. Essa religião é manter seu corpo o mais magro possível. É o único objetivo do anoréxico. Ser o mais magro possível. E não é para ser bonito. É interessante de observar que o próprio anoréxico nem sempre se acha bonito sendo magro assim. Ele apenas acredita que é a única forma aceitável de ser, é ser magro, muito magro. Isto porque sua imagem corporal interna está distorcida.




Bulimia


Caracterizada pela compulsividade
O bulímico, que é a pessoa que induz o vômito após comer, tem outra característica principal - a compulsividade. Ele não se retrai socialmente e, ao contrario da pessoa anoréxica, é participativo e ativo sexualmente.
São duas doenças que parecem ser tão similares (anorexia e bilimia) mas tem personalidades e posturas tão diferentes diante da vida.

Excesso de comida e excesso de regime

Obesidade, anorexia e bulimia são transtornos de excessos - o excesso de comida ou o excesso de regime. A compulsão é o ponto em comum. O obeso tem compulsão por comida, a anoréxica tem compulsão pelo jejum e o bulímico tem compulsão por induzir o vomito.
Lembra do que falei dos bebês, que praticamente só conhecem o mundo através do que lhe entra pela boca. Quando o bebê nasce   mal enxerga pois ainda está desenvolvendo seus sentidos, e todas as suas necessidades são satisfeitas através de comida. Portanto a gente aprende, desde que nasce, que a comida supre nossas exigências. Aprendemos a ter o controle sobre o mundo usando a comida. Duvida? O que você faz quando um bebe chora? Logo verifica se ele está com fome. A primeira coisa que se faz com o bebê é dar comida, chupeta, ou colocar algo na boca dele. São os adultos que ensinam os bebes, ou seja condicionam os bebes a suprir suas carências com comida.
Esse condicionamento que a gente traz desde o berço acaba determinando a forma de lidar com a comida para o resto da vida.

Como tratar os transtornos alimentares

A boa noticia é que isso não precisa continuar eternamente assim! Você pode fazer a “Reestruturação Cognitiva” através de psicoterapia. Descobrindo onde está a ansiedade que lhe faz agir compulsivamente, descobrindo formas de se compensar saudavelmente e reaprender a lidar com a comida. Reaprender a lidar com seu corpo e sua auto-estima.
Psicoterapia
Eu gosto da palavra “aprendizado”. Tanto a Terapia Cognitiva como a psicanálise são aprendizados sobre você mesmo, sobre como você funciona, sobre como sua mente, seus pensamentos funcionam. A gente descobre quais são as crenças que fazem você agir dessa forma, o que acontece para que você se sinta dessa forma? Por que você é tão desanimado com a vida? Por que você quer tanto fazer uma série de coisas mas não consegue se mover de forma a fazer as coisas acontecerem.
Tanto a Terapia Cognitiva Omo a psicanálise trabalham no auto-conhecimento e no aprendizado de novas formas de lidar com tudo isso.
O psicoterapeuta funciona como um instrutor pessoal. É por isso que na terapia eu adoto o sistema do “Lição de Casa”. Eu oriento você a realizar tarefas, e para cada caso tem uma tarefa adequada, assim a terapia vai atuando durante toda a semana.
Você não fará psicoterapia só por uma hora por semana, mas faz terapia a semana toda, e volta ao consultório uma vez por semana. E este método potencializa os resultados e encurta o tempo da terapia, que não é mais de anos como antigamente. É um aprendizado que você leva para o resto da vida.
VIGOREXIA
Provavelmente, nunca ouviu falar de Vigorexia, pois não é um assunto muito falado. Acontece mais aos homens, pois eles preocupam-se em ficar fortes a todo o custo. Mesmo quando passam horas e dias inteiros no ginásio e são bastante musculados, eles vêem-se magros e fracos. As pessoas que sofrem deste problema tÊm pensamentos obsessivos, e todos eles executam alguns rituais repetitivos diante do espelho, onde a sua mente lhes mostra uma imagem distorcida da realidade.
As principais características deste distúrbio são a vergonha do seu próprio corpo e a utilização de fórmulas “mágicas” para ficarem mais fortes (anabolizantes, esteroides, etc.). Estas pessoas são obcecadas com algumas partes dos seus corpos e passam imenso tempo à frente do espelho.
A Vigorexia tem consequências muito graves, como, a insónia, falta de apetite, problemas circulatórios, irritabilidade, redução dos níveis de testosterona, desinteresse sexual, fraqueza e cansaço constantes, dificuldade de concentração, problemas de fígado, problemas nos ossos e nas articulações devido ao peso excessivo no treino.

Sintomas da vigorexia

O principal sintoma a vigorexia é o fato de indivíduo estar em ótima forma física e continuar achando que seu corpo é inadequado, por ser muito fraco. Outros sintomas são:
  • Dor muscular persistente por todo o corpo;
  • Cansaço ao extremo;
  • Irritabilidade;
  • Depressão;
  • Anorexia/ Dieta muito restritiva;
  • Insônia;
  • Aumento da frequência cardíaca ao repouso;
  • Menor desempenho durante o contato íntimo;
  • Sentimento de inferioridade.
Por norma, os vigoréticos, adotam uma alimentação muito restritiva e passam a eliminar o consumo de gorduras exagerando no consumo de alimentos ricos em proteínas, visando o aumento da massa muscular. É comum que eles também abusem dos anabolizantes.
Eles ficam sempre insatisfeitos com os resultados, vendo-se a si mesmos como indivíduos muito magros, apesar de serem muito fortes e terem músculos muito bem desenvolvido. Por isso, a vigorexia é considerada um tipo de Transtorno Obsessivo Compulsivo e necessita de tratamento.

Causas da vigorexia

As causas da vigorexia são psicológicas, mas acredita-se que possa haver alguma relação com os neurotransmissores do sistema nervoso central, pois alguns casos de vigorexia foram precedidos por doenças como meningite ou encefalite.

Consequências da vigorexia

Com o passar do tempo, a vigorexia pode gerar consequências danosas ao organismo como insuficiência renal, hepática; problemas de circulação sanguínea e depressão.
Se houver abuso do uso de anabolizantes, pode haver doenças cardiovasculares envolvidas, câncer de próstata e diminuição do tecido testicular.

Tratamento para vigorexia

O tratamento mais indicado em caso de vigorexia é a psicoterapia, onde os objetivos serão fazer o indivíduo aceitar-se como realmente é e aumentar a sua auto-estima. Além disso, pode ser necessária a toma de medicamentos à base de Serotonina e uma alimentação equilibrada, orientada por um nutricionista.
Ortorexia

Quando a maioria das pessoas pensa em transtornos alimentares, imaginam raparigas esqueléticas que se matam à fome ou que forçam vómitos; estas são imagens típicas dos habituais tipos de transtornos alimentares, mas os especialistas descobriram agora que as pessoas estão a sofrer de outro tipo de transtorno alimentar e atribuíram-lhe um novo termo: ortorexia.

O que é a Ortorexia?
A ortorexia é um transtorno alimentar recentemente diagnosticado, que surge quando a pessoa se torna obsessiva quanto aos padrões daquilo que come. Ao contrário da anorexia ou bulimia, a pessoa permite-se comer, mas fica tão obcecada com o que come que todos os seus pensamentos ficam ocupados com a dieta.
Permitem-se apenas alimentos saudáveis e escrutinam o conteúdo nutricional de cada elemento que ingerem. Calorias, vitaminas e nutrientes tornam-se o ponto focal da comida e qualquer coisa que contenha o mínimo vestígio do que está na lista do “não é permitido” não é consumido.
Embora todos possamos beneficiar ao adoptar esta atitude de forma mais habitual, estes “mártires” levam a obsessão com o conteúdo dos seus alimentos ao extremo, e não se permitem, em circunstância alguma, um desvio do seu programa de tipos de alimentos autorizados.

Sinais de Ortorexia:
● Examina cada pormenor do que se encontra em cada alimento?
● Só se permite alimentos saudáveis?
● Consegue comer uma refeição preparada por outra pessoa?
● Observa e comenta a maneira como outras pessoas preparam a comida?
● Dá consigo a pensar em conteúdo nutricional durante o dia?
● Preocupa-se ao comer qualquer coisa que possa não ser “boa” para si?
● Perdeu muito peso recentemente sem seguir conscientemente uma dieta

Efeitos da Ortorexia
Os ortoréxicos podem ficar seriamente afectados e a comunicação em casa pode sofrer com isso. A pessoa pode começar a isolar-se dos seus semelhantes e tornar-se distante à medida que se vai fixando cada vez mais nas suas regras dietéticas.
Para alguns, a capacidade de desempenhar trabalhos ou de estudar pode começar a declinar, à medida que a sua mente se ocupa cada vez mais com a sua dieta e com os alimentos que são permitidos, como articulá-los no seu dia-a-dia, quantas vezes se devem mastigar e por aí fora. Há tantos factores que envolvem estes transtornos alimentares que os pensamentos podem ficar totalmente ocupados por eles, deixando pouco espaço para outros rumos de ideias e a concentração e a motivação acabam por ficar na retaguarda.

Obter ajuda e Tratamento
Como muitos transtornos alimentares, a ajuda de um profissional é normalmente requerida, assim como os tópicos envolvendo o desenvolvimento da desordem precisarão tanto de tratamento como o bem-estar nutricional da pessoa.
O seu médico poderá indicar-lhe onde encontrar ajuda especializada; outra alternativa será ligar para uma das muitas linhas de ajuda e falar com alguém altamente treinado e familiarizado com todos os diferentes assuntos referentes a transtornos alimentares.
Embora a doença não seja tão conhecida como outros tipos de transtorno alimentar, pode ter o potencial de ser igualmente séria para a saúde e está envolta de problemas semelhantes de controlo de comportamento em relação aos outros transtornos alimentares, e a pessoa irá precisar indubitavelmente de alguma intervenção profissional para ultrapassar o problema.

Auto percepção

Infelizmente nosso cérebro não é eficiente para perceber o mundo, ele também imagina muita coisa que não é verdade. Na pessoa depressiva a imaginação corre pra tudo que pode dar errado.
No caso dos transtornos alimentares a pessoa imagina seu corpo de uma forma muito distante da realidade. A anoréxica, que já está magrinha, sequinha, se olha no espelho e vê coxas grossas, barriguda.
Essa obsessão por um corpo esbelto é reforçada pelo ideal de beleza que está na mídia o tempo todo. Todas as “Giseles” e “Naomis” empurraram a idéia de um corpo magérrimo.
95% dos anoréxicos são mulheres. Elas tem fobia de comida. Se acham gordas mesmo que os ossos estejam aparecendo sob a pele. Tem mil truques para se livrar da comida, jogam a comida de seu prato fora sem que ninguém veja.
O pior, o que demonstra claramente seu estado de espírito: As anoréxicas se vangloriam de seus sintomas. Elas se sentem fortes porque conseguem resistir à tentação de um doce. E se colocam triunfantes porque as outras pessoas são fracas, não são resistentes como ela.
Percebeu o excesso de controle que essa pessoa precisa para se sentir segura? Todo excesso é prejudicial. Tira a pessoa do equilíbrio psíquico.
Não dá pra acreditar que essa pessoa é feliz com essa auto imagem tão deturpada.
O bulímico tem fases onde passa fome, e fases de comilança compulsiva. São aqueles momentos de ataque a um bolo inteiro. Isso é compulsão. Come um pão inteiro com manteiga. Essa alimentação com excesso é uma forma de se livrar da solidão, do vazio interior, e vencer esse estado de tensão que é insuportável.
Quem provoca vômitos faz isso por vergonha. Vergonha de ter comido. Vergonha de ter sentido fome.
O que essas pessoas não sabem é que os ácidos do estomago quando passam pela boca, durante o vomito, acabam estragando os dentes, provocam ulceras no esôfago e problemas cardiovasculares.

Bulímicos e anoréxicos são magros?

O interessante é que nem sempre a pessoa que tem bulimia é muito magrinha. A anoréxica é mais magra, Isso acaba enganando um pouco a família e os amigos, consideram que se a pessoa não esta abaixo do peso, não tem importância ter vomitado um pouco. Alias a família acha que vomitou só um pouco.
Porque as pessoas perdem o controle sobre seu comportamento?
Geralmente é por causa das frustrações do medo ou até do tédio. Tédio mata. Não é a primeira vez que eu falo sobre isso. Eu que sou uma estudiosa do stress sei bem que não fazer nada é tão prejudicial quanto fazer muito. Tédio é ausência de prazer pela vida. Viver por Viver. Esperar a morte chegar, se matar aos pouquinhos.
Por que você faz isso? Não tem pressa de morrer? Essa piadinha é velha. É muito usada por quem se defende porque fuma e diz que o cigarro mata aos poucos, esta bom porque ele não esta com pressa de morrer mesmo. Alias cigarro é outra compulsão.
A gente fala de vicio alimentar quando você não consome todas as calorias que ingere, isto significa que esta ingerindo mais do que precisa e se não consegue reduzir a comida é porque está viciado em comida.

Porque entramos na roda viva do emagrece e engorda?

Nós temos uma tendência a avaliar, ou interpretar coisas de uma forma muito errada. Esses erros de interpretação favorecem todos os transtornos do esquema corporal - erro de avaliação de sua própria constituição física, do seu corpo.
Um grupo de pesquisadores pediram a grupo de pessoas que alterassem suas próprias imagens em um computados de forma a ter 2 imagens, a que ele pensa que tem e a que gostaria de ter. Surpresa: Os anoréxicos e bulímicos sempre se achavam muito mais gordos do que a imagem real mostrava serem.
Os “normais” se sentiam mais magros do que eram de fato.
A interpretação da realidade é totalmente influenciada pelos pensamentos negativos. E de onde vêm esses pensamentos negativos? Do nada? A pessoa é assim porque quer? É claro que não! Muita gente é marcada de uma forma muito intensa na infância. Todas as zombarias das quais foi vitima. A falta de apoio da família. A falta de proteção que tanto precisou e nunca teve. O apoio da família que ficou esperando. Tudo isso a fez acreditar que não merece muita coisa. Cresce um sentimento de insegurança tão forte que acaba desabando em completa rejeição pelo próprio corpo ou por ela mesma.
É daí que vêm os pensamentos negativos.Tudo isso fica latente no subsolo da sua mente.
O verdadeiro problema é descoberto só muito mais tarde, quando a pessoa já é adulta e procura uma psicoterapia.
Muitas pessoas detestam o próprio corpo e sofrem de depressão e de sentimentos de inferioridade.
Distúrbio alimentar é uma reação a negligencia emocional. Uma reação ao grito por socorro.
Como avaliar se uma criança é psiquicamente estável
Já que eu falei da importância de uma infância saudável vou passar uma dica pra você fazer em casa com sua criança de um ano de idade ou mais.
Coloque a criança em um quarto com a mãe. Quando a mãe sair do quarto observe esta criança. Ela interrompe sua brincadeira e fica com carinha de preocupada e triste, mas quando a mãe retorna, ela volta a ficar feliz e brincar tranqüila? Se sua resposta for “sim” é sinal que a criança está equilibrada.
Mas se ela não reagir a saída da mãe e não reagir quando a mãe voltar é sinal que ela não está se sentindo aceita e protegida. É preciso se dedicar mais a esta criança. Ou seja, é normal a criança ficar triste quando a mãe sai e feliz quando volta. Quando a criança não se sente aceita é muito arriscado ela virar um adulto com vários transtornos.

Conclusão

Obeso não é guloso, não é preguiçoso. É uma pessoa que precisa ser tratada com seriedade. O obeso tem sua auto-estima muito rebaixada porque acredita que ser magro é ser superior e competente, e isso compromete sua motivação para perder peso. Todo distúrbio alimentar demonstra que esta pessoa considera que seu valor como pessoa está diretamente ligado ao seu peso.  Se você se acreditar incapaz como vai conseguir fazer qualquer coisa?
Estudar os transtornos é importante mas, o mais importante é saber o que fazer pra saber se livrar deles.
Pense em tudo o que você esta perdendo. Tudo o que já sofreu e decida acabar com tudo isso.
Todo dia eu vejo em meu consultório a vitória dos meus clientes e cada vitória deles sinto como minha também.
Pra desfrutar de vitórias é preciso determinação. Parece simples? Mas a verdade é sempre simples e fácil de entender.

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