sábado, 15 de setembro de 2012

Saiba mais sobre a língua


língua é o órgão muscular relacionado ao sentido do paladar que fica localizado na parte ventral da boca da maior parte dos animais vertebrados e que serve para "processar" os alimentos. Participa na formação dos fonemas da fala e é o único músculo voluntário do corpo humano que não fadiga.
Descrição
A língua é formada essencialmente de músculo esquelético e, nos mamíferos, encontra-se ligada à cartilagem hioide, à mandíbula e aos processos estiloides do osso temporal.
Os músculos com que a língua está ligada ao crânio são denominados músculos extrínsecos, enquanto que os que formam a própria língua são os quatro pares de músculos intrínsecos responsáveis pelo movimento e alterações da forma da língua durante a mastigação e a deglutição.
A parte dorsal da língua pode ser dividida em duas partes: uma porção oral, que se encontra dentro da cavidade bucal, e uma porção faríngea (terço posterior da língua) fazendo face à parte de trás da orofaringe. As duas partes são separadas por um sulco em forma de V (sulco terminal).
O lado dorsal dos dois-terços anteriores (parte oral) da língua é revestida de papilas gustativas, e a língua tem uma aparência macia e rosada. Há quatro tipos de papilas gustativas: filiformes, fungiformes, valadas e foliadas. Atrás da parte oral da língua há de 3 a 14 papilas arranjadas em formato de V em frente ao sulcus terminalis (sulco terminal).
Não há papilas linguais na parte de baixo da língua. Ela é revestida com uma membrana mucosa macia que aloja, no centro, o frênulo da língua.
A parte mais acima da língua posterior (parte faringeal) não possui papilas gustativas visíveis, mas é áspera devido à presença de folículos linfáticos abaixo. Esses folículos são conhecidos como tonsilas linguais.
Tudo relacionado à língua é geralmente chamado de lingual que vem da palavra latina, ou glossal que vem da palavra grega para língua.


Ficheiro:Head lateral mouth anatomy.jpg



Disposição anatômica da língua
Vascularizaçãoartéria lingual, ramo tonsilar da artéria facial, artéria faríngea ascendente
Drenagem venosaveias linguais
Inervaçãonervo lingual
Precursorarcos faríngeos, tubérculo ímpar
MeSHTongue




Músculos extrínsecos da língua
Existem quatro pares de músculos extrínsecos que auxiliam no movimento da língua e que são inseridos em vários ossos da cabeça e pescoço.
  Genioglosso - origina-se do tubérculo geniano da mandíbula (maxilar inferior), e compreende a maior parte da língua.
 Hioglosso - inserido ao osso hioide.
  Estiloglosso - proveniente do processo estilóide osso temporal
 Palatoglosso -
  Condroglosso –
Histologia
A língua tem uma porção dorsal e uma porção ventral. A porção ventral da língua não possui papilas linguais. A porção dorsal da língua tem papilas e uma delas é a papila caliciforme ou papila circunvalada, pois elas têm valum do lado delas. Ainda na boca (na língua, bochecha) são vistos os botões gustativos, responsáveis pela percepção do sabor.
A porção da língua que tem maior riqueza em conjuntivo na submucosa é a ventral, pois a dorsal está em constante contato com o alimento.
Estruturas
       Papilas fungiformes
A papila fungiforme tem um conjuntivo muito rico, mas não tem valum, nem queratina. Possuem muitos botões gustativos.
Papilas foliáceas
A papila foliácea pode estar na borda lateral humana, mas a quantidade é muito pequena. Essa papila é como se fosse a fungiforme comepitélio com projeções grandes. Está presente em grande quantidade em coelhos. A foliácea tem botão gustativo e está envolvida com um tipo de captação de sabor. O epitélio forma projeções, e tem muitas glândulas de won Ebner embaixo.
Papilas circunvaladas
As papilas circunvaladas são papilas gustativas presentes na língua humana e possuem esta nomenclatura devido a sua forma, semelhante a um vale. Seus botões gustativos estão localizadas na porção posterior da língua e, com o avanço da idade, podem sofrer atrofia.
Papilas filiformes
As papilas filiformes são ricas em queratina. Quanto mais agressiva for a alimentação do animal, mais a papila terá queratina. A papila filiforme além de queratina tem muitas bactérias. Existem muito poucos botões gustativos.
freio lingual
Estão as papilas caliciformes, atrás vão estar as amídalas linguais e na frente estarão as papilas linguais. O alimento passa pela parte posterior da língua. A presença da amídala nessa região é importante. O epitélio das amídalas linguais pode estar “sujo” de linfócitos. Elas possuem buracos por onde sai uma secreção.


Glândulas
Embaixo das papilas caliciformes existem glândulas que são ricas na produção de uma secreção muito fluida, que cai no valum. O alimento é dissolvido e, no valum, toca nas papilas e essas glândulas jogam pra fora a sua secreção. Se não fosse essa “limpeza”, o alimento encheria o valum e o sabor seria aquele mantido, e o sabor do próximo alimento não seria sentido. Essas glândulas são chamadas de won Ebner. Os túbulos dessa glândula desembocam no valum.
A parede da papila tem botões gustativos. As glândulas jogam secreção no valum e é o valum que joga o líquido para fora. O alimento entra, suja o valum , entra em contato com as papilas, e de novo é jogado para fora.
O botão gustativo tem um poro. O alimento entra em contato com microvilos das células especiais do botão gustativo, e esses captam o sabor. Essas células têm axônios, são nervosas e terminam em microvilos. Cada botão gustativo está relacionado com um tipo de sabor. Sabores ácidos, doces. Os sabores básicos são reunidos e transformados num sabor global.
A porção ventral da língua não tem um conjuntivo tão denso.

A língua e o paladar

Embora os músculos da língua orientem o alimento entre os dentes e o moldem de modo que seja de fácil digestão, o órgão de sentido periférico talvez seja mais conhecido por seu papel na percepção do paladar. A língua não apenas detecta as sensações gustativas (gosto), como também ajuda a sentir os estímulos táteis, térmicos e até doloridos que dão ao alimento seu sabor.
A maioria das pessoas confunde as estruturas ásperas que cobrem a superfície da língua com os botões gustativos. Elas são, na verdade, as papilas: elevações em forma de taça que, às vezes, possuem botões gustativos e ajudam a criar atrito entre a língua e o alimento. Os botões gustativos são estruturas menores, que ficam nas dobras entre as papilas. Cada botão gustativo é formado de células basais e de apoio que ajudam a manter cerca de 50 células receptoras gustativas. Esses receptores especializados são estimulados pela formação química das soluções. Eles respondem a vários sabores primários: doce, salgado, amargo, azedo,umami (sabor de certos aminoácidos) e gordura, que alguns cientistas afirmam que pode ser um sexto sabor. Quando um estímulo ativa uma célula gustativa, o receptor formará sinapse com os neurônios e enviará um impulso elétrico à área gustativa do córtex cerebral. O cérebro interpreta as sensações como paladar.
Cada célula receptora gustativa possui uma protuberância fina e comprida chamada de pelo gustativo, que fica em contato com o ambiente externo. O pêlo estende-se de uma pequena abertura, ou poro gustativo, e mistura-se com as moléculas do alimento introduzido pela saliva. A solução da saliva contém enzimas digestivas que ajudam a decompor, quimicamente, os alimentos. A saliva é secretada por três glândulas salivares principais - parótida, a submandibular e as glândulas sublinguais - assim como por outras pequenas glândulas salivares contidas dentro da língua e da boca.

Além da habilidade da língua de detectar os estímulos gustativos, ela também sente a temperatura e as sensações táteis complexas que os cientistas de alimentos chamam de sensação da boca. A língua, junto com o resto da boca, ajuda a determinar a textura, oleosidade, espessamento, viscosidade e densidade do alimento.

A língua e a fala

A articulação muscular que permite que a língua oriente o alimento através da mastigação e da deglutição também dá aos seres humanos a habilidade de falar. A língua é um instrumento de fala tão vital, que se tornou uma metonímia, ou um termo alternativo, para a linguagem. Quando as pessoas referem-se a sua língua materna ou nativa ou chamam um orador eloqüente de "fluente", elas estão referindo-se, em parte, à ligação próxima da língua com a fala.
Os foneticistas, pessoas que estudam os sons das palavras, utilizam a posição da língua para classificar os sons vocálicos universais. O sistema tradicional da fonética usava menos descrições precisas, como a vogal alta, ouvida no "I" de "camisa" ou no "U" de "rude", para descrever o arco da língua no céu da boca. Também empregavam seu equivalente, a vogal baixa, ouvida no "A" de "fada", para descrever a posição baixa e plana da língua. Outros descritores, como a vogal média, vogal anterior e vogal posterior, ajudavam a dar uma idéia geral da posição da língua na fala.
Entretanto, o sistema tradicional não explicava o formato variado da língua. Um sistema mais moderno de oito vogais cardeais permite que os foneticistas treinados descrevam as vogais de qualquer idioma. O sistema de vogal cardeal representa a altura da língua e a posição para frente ou para trás da boca em relação às outras sete posições.
As más formações da língua às vezes podem impedir a fala. O frênulo da língua, uma dobra da membrana mucosa que liga a parte inferior da língua ao assoalho da boca, ocasionalmente, é responsável por problemas na fala. A condição de ter uma membrana curta é chamada de anquiloglossia, ou, mais popularmente, "língua presa". Entretanto, alguns estudos médicos discutem a hipótese de a anquiloglossia afetar a fala normal [fonte: Encyclopaedia Britannica, "Língua presa"].
SABOR DOCE
É dado principalmente pelos açúcares que o vinho possa ainda conter, bem como por alguns álcoois, (ex.: glicerol). Esta sensação em vinhos comuns será sempre uma sensação de suavidade na ponta da língua.
SABOR ÁCIDO
Depois dos sabores doces e salgado, este é o mais característico dos vinhos, havendo nestes vários ácidos. Este sabor é conferido pelos ácidos orgânicos e minerais presentes nos vinhos. Os sabores ácidos variam conforme a maior ou menor dissociação por eles experimentada, ou seja, conforme o respectivo PH

SABOR SALGADO
É geralmente dado pela abundância de cloretos nos vinhos por adição para se lhes aumentar o extratos seco. A lei permite que o teor de cloretos, expressos em cloreto de sódio, vá até 1g/Lt. Os vinhos naturais só raramente atingem 0,5g/Lt.
SABOR AMARGO
Não é normal num vinho, exceto nos vinhos tipo Vermute, em que o amargo é dado por adição de um conjunto de ervas aromáticas. Contudo, nos vinhos gessados forma-se uma grande percentagem de sulfato de potássio (sal amargo) e nota-se o amargo deste sal. 
O sabor amargo no vinho pode também ser resultante de compostos orgânicos.

MECÂNICA DE PROVA
Para sentir o sabor do vinho coloca-se na boca uma quantidade razoável e rola-se suavemente para atingir as papilas gustativas de forma uniforme. Inspira-se pela boca fazendo o ar atravessar o vinho e expira-se pelo nariz. Os aromas detectados constituem o aroma de boca. Às sensações sentidas na boca, e por via retro-nasal, dá-se o nome de paladar. No paladar é importante encontrar o equilíbrio do vinho, para que este seja constante nas três fases de prova.

Curiosidades que nao sabíamos sobre a língua 

A língua humana mede aproximadamente 10 centímetros de comprimento;
·  É a parte do corpo que se cura mais rápido;
·  Há mais de 600 tipos de bactérias na boca; em um mililitro de saliva podem existir até um milhão delas;
·  É o músculo mais forte do corpo e o mais flexível;
·  Cerca do cinquenta por cento das bactérias da boca vivem na superfície da língua;
·  Este músculo tem três mil papilas gustativas;
·  É a única parte do corpo com sensores de gosto;
·  Assim como as impressões digitais, a impressão da língua da cada pessoa é única;
·  As mulheres têm a língua mais curta que os homens (imaginem só se fosse maior!
 A limpeza frequente da língua, com um raspador, ajuda a prevenir ataques do coração, pneumonia, nascimentos prematuros, diabetes, osteoporose e infertilidade nos homens.




A LÍNGUA PRESA 

O freio lingual é uma prega de tecido localizada embaixo da língua e que se insere na parte de trás da gengiva inferior. O que muitos chamam de “língua presa” refere-se, na verdade, a um freio lingual curto e com inserção anteriorizada, como acontece na foto acima. Em muitos casos, a criança não consegue colocar a língua pra fora e, quando isso é possível, forma-se um sulco no dorso da língua, deixando-a em “forma de coração”. Em bebês, é bastante comum ele ser curto e estreito, dando a impressão de uma língua presa.
Entretanto, o diagnóstico e o tratamento dessa pequena anomalia ainda é motivo de discussão e controvérsias entre os profissionais de saúde. Médicos pediatras, odontopediatras e fonoaudiólogos, muitas vezes, acabam não chegando a um denominador comum.
O tratamento em si, quando necessário, consiste em um procedimento cirúrgico para a remoção do freio e liberação dos movimentos da língua. A grande dúvida é: quando é necessária a frenectomia?
Na verdade, cada caso é um caso. É o comprimento do freio e o grau de restrição dos movimentos da língua que vão ditar todo o processo. Em casos mais severos, os movimentos da língua ficam restritos a tal ponto que podem prejudicar a amamentação e, posteriormente, o desenvolvimento da fala. Em situações mais brandas, mesmo tendo o freio considerado curto, a criança não tem nenhum transtorno em seu desenvolvimento, conseguindo uma amamentação tranquila e falando corretamente.
Não existe uma idade certa para se realizar a cirurgia, que deve ser feita pelo odontopediatra. Entretanto, muitos profissionais optam por fazê-la o quanto antes – desde que seja realmente necessária – a fim de evitar qualquer transtorno para o desenvolvimento da criança. Mas, para isso, é importante que médicos, dentistas e fonoaudiólogos estejam em sintonia, falando a mesma língua!
















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